13 de fev. de 2013

WEB NOVELA: Promessas Do Além 42º Episódio


 














   Seu corpo estava amarrado na cama e ela tentava se levantar sem sucesso. Ela gritou por socorro e apareceu Fernanda dizendo:
   _ Acorde, rápido, ainda dá tempo!
   _ Acordar? Tempo pra quê?
   Marta se engasgava com a fumaça e se esforçava para se soltar das cordas, até que elas se arrebentaram e Marta acordou de um sonho. Estava molhada de suor, mas o cheiro da fumaça ainda estava lá. Confusa, ela se levantou e seguiu o cheiro da fumaça.
   _ O que está acontecendo, esse fogo está vindo de onde? _ Murmurou para si mesma.
   Ela seguiu o cheiro até poder ver aquela fumaça preta vindo da sala. Chegou à sala e viu David de costas colocando lenha na lareira já acesa e atrás dele algo parecido com um livro antigo, mal conservado. Marta percebeu que David não estava com uma expressão muito agradável e não falou nada, só ficou o fitando de longe. Ela, aproveitando que ele estava de costas, se aproximou mais e se abaixou atrás do sofá. Lá ela estava mais perto e podia ler o que estava escrito na capa daquele livro, o título era algo um pouco ilegível, começava com a letra D. O livro estava um pouco sujo, mas com um pouco de esforço ela pôde ver que na capa havia algo escrito à mão, um nome pelo visto começado com... F. Então ela se surpreendeu quando deduziu o que seria.
   _ Fernanda! Aquele é o diário perdido de Fernanda!
   Sem pensar duas vezes ela pegou o diário vagarosamente, para que David não o notasse, mas por um descuido ao compelir o diário pelo chão pôde-se ouvir um ruído que chamou a atenção de David.
   _ Marta! Por que você está acordada essa hora da madrugada? E por que está tentando pegar isso? _ Disse David já com a mão no diário.
   _ Eu tenho sede na madrugada. Estava passando por aqui e achei estranho vê-lo parado aqui na sala com a lareira acesa.
   _ E veio bisbilhotar? E pegar isso aqui escondida?
   _ Desculpe David, fiquei curiosa e queria ver o que é isso e o que está escrito. Não posso? _ Marta não tirava suas mãos do diário, os dois o seguravam como se estivessem duelando por um tesouro. Marta nunca esteve tão certa de que havia algo de errado com aquela cena. Sem pensar duas vezes puxou o diário e tomou-o das mãos de David.
   _ Tudo bem, Marta. Você venceu, pode ler. São as intimidades de Fernanda, é um pouco particular, por isso não queria que você lesse. Mas já que insiste... _ David abaixou a cabeça e aparentou estar triste.
   _ Sim, eu insisto. _ Quando Marta disse isto ele mudou de expressão e levantou a cabeça de novo. Ela abriu o diário e percebeu que as páginas, principalmente a capa, estavam sujas de terra. Logo associou ao jardim, mas não disse nada. Morosamente começou a lê-lo em silêncio.
   _ Marta, só vou sair para buscar um copo d’água.
   _ Tudo bem, vou ficar aqui lendo. _ Marta achou estranho o comportamento de David. Ela tinha certeza de que ele tentaria impedí-la de ler aquele diário. Até por que ultimamente o comportamento dele condizia com certa  culpa.
   David foi até a cozinha e só então Marta começou a ficar boquiaberta enquanto lia.
   _ David! Não, mas como?! Você desenterrou isso, não foi? Era isso que estava enterrado no jardim! _ Logo que disse aquilo, Marta sentiu um baque em sua cabeça, tudo logo começou a ficar escuro e tudo o que se ouviu foi o barulho estridente de uma faca caindo ao chão.

NÃO PERCA AS PRÓXIMAS REVELAÇÕES DESSA TRAMA: Promessas Do Além.

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