11 de mai. de 2014

WEB SÉRIE: Visão Paralela 2° capítulo


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    _ Katrina eu lamento muito, não sei se isso é o certo, mas não posso fazer nada!
    _ Eu sei minha irmã...
    _ Foi horrível, eu com as duas crianças e você lá, nua e cheia de sangue.
    _ Não era eu Suely, não me lembro de nada. Isso já aconteceu algumas vezes...
    _ Isso o que?
    _ As vezes tenho alguns lapsos de memória e quando acordo me contam que fiz coisas nojentas e macabras. E toda vez fico com um gosto de sangue na boca.
    _ Que tipo de coisa você já fez?
    _ Meu ex marido já me pegou no banheiro, eu estava nua me masturbando com o cabo de uma faca.
    _ Santo Deus!
    _ Foi nesse dia que ele fez a mala e sumiu, ele não sabia que eu estava grávida de um filho dele.
    _ Mas Katrina por que acontece essas coisas com você?
    _ Olha onde estou minha irmã! Eu sou louca!
    _ Sei que não é, o motivo é outro.
    _ Tem coisas que não podem serem ditas ou pelo menos causam menos dor se ficarem escondidas.
    _ E durante esse tempo com quem o seu filho vai ficar?
    _ Disseram que vão mandar para um orfanato, mas tenho outra opção. Quero que Brian fique com você! 
    _ Comigo? Não havia pensado nisso.
    _ Sei que está com Isabela que também é recém nascida, mas é melhor para o Brian. 
    _ Realmente, um orfanato não faz bem a ninguém. 
    _ O que me diz Suely?
    _ Aceito! Sendo assim, posso trazer o seu filho para você matar as saudades.
    _ Não o traga aqui! É sofrimento de mais, toda vez que o olho vejo um cadáver. Prefiro esperar estar curada para conhecer o rosto do meu filho.
    _ Se você prefere assim, tudo bem! Boa noite irmã, preciso ir. O Gabriel está me esperando para mudarmos para a casa nova.
    _ Tchau Suely, vá com Deus e seja feliz nessa nova fase de sua vida com seu marido. 
    Suely saiu do quarto e foi embora com Brian no colo, Gabriel estava com Isabela no carro aguardando Suely. Katrina iria ficar internada numa clínica psiquiatra por tempo indeterminado. Ela estava num quarto branco acolchoado, ela se deitou num colchão e começou a chorar dizendo que queria poder cuidar de seu filho. Neste momento, ela sentiu alguém se sentando no mesmo colchão. Ela chorando virou o rosto e viu um vulto escuro opaco sentado, parecia que ele estava chorando ou se lamentando. Katrina se levantou e começou a gritar e a se jogar contra as paredes. Um psiquiatra estava olhando através da janela e disse para um enfermeiro:
    _ Vamos iniciar o tratamento de choque.


    Gabriel e sua esposa Suely, mais Isabela e Brian entraram numa casa antiga qua passou por uma reforma de modernização, mas mantendo alguns traços arquitectónicos. Era noite e a casa tinha uma má iluminação, os móveis estavam cobertos por lençóis e as paredes repletas de quadros de pinturas rústicas.

    _ E aqui começamos mais um capítulo de nossa história! _ Disse Suely com lágrimas nos olhos.
    _ Seremos muito felizes aqui meu amor, posso ver Isabela correndo com o primo Brian por essa casa enorme.
    _ Não exagere Gabriel, nossa filha não poderá correr!
    _ Por que não? Ela tem baixa visão, não é cega de tudo e a casa será adaptada, ela vai conhecer a posição dos objetos. Será uma criança feliz.
    _ Vamos passar a noite aqui? _ Disse Suely rindo ao olhar para os dois bebês.
    _ Acho que não vai dar! Vamos para a casa de sua tia Ifigênia, amanha a nossa casa já estará pronta para acomodar duas crianças. 
    Já era tarde e os bebês choravam, estavam com fome e sono. Eles chagaram na casa da tia de Suely e foram bem acomodados. A casa era meio bagunçada e suja, assim como a dona Ifigênia. Ela era uma idosa ranzinza, com um tapa olho e transmitia uma má impressão, cabelos brancos bagunçados e unhas amarelas e grandes. 
    _ Vá Gabriel, tome um banho. Eu ajudo a Suely com as crianças, vamos minha sobrinha, coloque esses peitos para fora. Não vê a fome dessas coisinhas? _ Disse Ifigênia enquanto bebia um líquido suspeito num copo americano. 
    _ Suely posso ir tomar banho, vai ficar bem sozinha? _ Perguntou Gabriel.
    _ Anda garoto, vá tomar banho e parem de olhar para o meu copo, é chá. Ando muito nervosa e isso me acalma.
    Alguns minutos depois Ifigênia colocava uma fralda em Isabela enquanto Suely amamentava Brian. Um menino veio correndo com um avião nas mãos e Ifiênia gritou:
    _ Cale a boca moleque, não vê que as crianças estão quase dormindo? 
    _ Acho que o grito da senhora é pior! Quem é esse menino? _ Perguntou Suely.
    _ É o Tomaz, filho do seu primo.
    _ Nossa, eu vi esse menino somente uma vez, era pequenino, como cresceu. E o meu primo Antônio, já se acostumou com o ocorrido?
    _ Não sei, nunca o visitei.
    _ A senhora não o perdoou mesmo sendo seu filho?
    _ Ele não está na cadeia à toa, ele me machucou e agora está pagando. 
    _ Desculpe se lhe irritei. _ Disse Suely enquanto se levantava com Brian.
    Ifigênia já havia se deitado, Gabriel estava dormindo num colchão no chão num quarto que iria acomodar os bebês e o casal. Enquanto ele dormia, Suely acomodava os dois bebês num berço antigo. Suely olhava fixamente para Isabela e expressava um amor imensurável. 
    _ Que pena que minha mãe não esteja viva para lhe conhecer, ela era uma pessoa maravilhosa, acredite, ela não se parecia com a irmã Ifigênia! 
    Suely estava emocionada quando Isabela começou a sacudir os bracinhos enquanto olhava a porta.
    _ O que foi meu anjo? Pare de olhar tão séria para a porta, parece que tem alguém ali! Você está me assustando. 
    Isabela começou a rir, uma risada contagiante, Suely abriu um sorriso mesmo sem entender. de repente um barulho acordou Gabriel.
    _ O que foi isso amor, está tudo bem?
    _ Acho que sim, foi um porta retrato que caiu sozinho.
    Na foto se encontrava a mãe de suely abraçada com a irmã Ifigênia. Isabela continuava sorrindo.


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