18 de mai. de 2014

WEB SÉRIE: Visão Paralela 3° capítulo


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"Maria Vitória". Era noite, o tempo estava fechado e a qualquer momento uma chuva muito forte poderia cair. O vento era extremamente frio e duas jovens estavam andando sem rumo pelas ruas de um bairro residêncial deserto. "Maria Vitória estamos perdidas!" Elas andavam de mãos dadas, a tristeza e agonia eram nítidas nos seus rostos. Ficava mais tarde e já não era mais seguro duas meninas ficarem na rua sozinhas. "Olhe Maria Vitória, vamos pedir ajuda naquela casa."

    Katrina acordou assustada e viu que não estava perdida e nem se chamava Maria Vitória, ela estava internada numa clínica psiquiátrica. Ela olhou para o lençol que a cobria  e viu manchas de sangue recentes, ela retirou o lençol, o que causou dores. O lençol estava grudado nas pernas de Katrina!
_ Meus Deus, o que fizeram comigo? _ Gritou Katrina que logo após desmaiou.

"Maria Vitória, desculpe-me. Ele é um homem ruim!". As duas jovens estavam deitadas em macas distintas dentro de um local que aparentava ser um necrotério. Uma das jovens gritava de dor enquanto um homem estranho de jaleco branco retirava a pele de suas canelas. "Perfeito, agora poderei compreender a rede sanguínea na musculatura"

    Katrina tornou a acordar e suava frio, ela olhou para suas pernas e gritou:
    _ Socorro! Minhas pernas doem, por que retiraram minha pele!
    Dois enfermeiros entraram no quarto e a seguraram, um homem de jaleco branco entrou no local e ordenou:
    _ Levem-na para o procedimento de tratamento de choque agora!
    _ Mas doutor ela está muito agitada!_ Afirmou um dos enfermeiros.
    _ Por isso mesmo!
    _ Não me deixem com esse homem de jaleco, ele arrancou a minha pele!
    Katrina já estava amarrada numa cama e pronta para levar o seu primeiro tratamento de choque. O médico de jaleco ligou o aparelho e realizou duas sessões, uma seguida da outra. Katrina com os olhos estatelados olhou para as pernas e viu que elas estavam normais.
 

  
    _ Brian pegue a bola e vamos brincar aqui na rua!
    _ Olhe Isabela, nossa casa é feia!
    _ Também acho, ela me da medo, quando estou la dentro e olho para os móveis e paredes parece que tenho muitas lembranças.
    _ Mas Isabela, é claro que você tem lembranças, você vive aí há 10 anos.
    _ Sei disso Brian, mas é algo além, não sei explicar.

    As duas crianças pararam de olhar a casa e começaram a brincar jogando bola. Depois de alguns minutos a bola caiu no quintal de uma casa vizinha.
    _ Vamos pular o muro e pegar a bola Isabela!
    _ Não! A senhora Vera Lúcia mora aí e ela não gosta de crianças no seu quintal.
    _ Sei disso, mas não a vimos há muitos dias, ela deve estar viajando.
    Brian e Isabela entraram na casa pulando o muro e Brian já havia pego a bola.
    _ Olha Isabela, a porta está aberta.
    _ Nem pense nisso menino, já pegamos a nossa bola e agora vamos embora!
    _ Já estou aqui e vou entrar, está com medo? Fique aí então ceguinha!
    _ Não me chame assim, consigo até brincar na rua!
    Brian a ignorou e entrou na casa da Dona Vera Lúcia. Isabela ficou olhando para as janelas para ver se havia alguém, mas a posição do sol não a permitia ver nada.
    _ Eu queria poder enxergar melhor!
    _ Então olhe! _ Disse uma senhora que colocou a mão nos ombros de Isabela.
    Isabela se virou e olhou para a senhora e perguntou:
    _ Você é a Dona Vera? Desculpe entrar em sua casa.
    _ Não tem problema, eu descobri que ter crianças todos os dias pedindo para pegar uma bola não era um problema em minha vida.
    _ Desculpa, já vou embora. Vou chamar meu primo e vamos sair daqui.
    _ Tudo bem, mas me faça um favor. Pegue o meu gato. Não tenho mais como alimentá-lo e ele irá morrer. Peque-o e cuide do Ajax para mim.
    _ Que lindo nome, sempre quis ter um bichinho, mas será que sendo semi-cega poderei cuidar dele?
    _ Não precisa de visão para cuidar de alguém menina, precisa-se apenas de amor.
    _ ISABELA VENHA AQUI AGORA! _Gritou Brian de dentro da casa.
    Isabela entrou na casa andando e movimentando os braços para não derrubar nada.
    _ Onde você está Brian, vamos embora a senhora Vera está aqui!
    _ Está sim Isabela, olhe para ela, consegue ver?
    Brian estava segurando uma escova de cabelo e cutucando com o cabo o rosto de um cadáver que estava no chão.
    _ Olhe Isabela, a Vera Lúcia morreu, não teremos mais problemas com a  bola!

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    Já era noite e todos os convidados estavam ao redor da mesa. As luzes estavam apagadas e todos sorriam enquanto cantavam "Parabéns pra você nessa data querida..."
    Suely abraçou Isabela e Brian por trás e disse:
    _ Feliz aniversário meus amores, 10 anos é uma bela idade!
    _ Agora vocês podem arrumar um emprego e se sustentarem! _ Disse Gabriel, o pai de Isabela, com um sorriso no rosto.
    _ Quem vai partir o bolo primeiro? _ Perguntou Suely.
    _ Claro que sou eu! A Isabela é cega. _ Disse Brian já com a  faca na mão.
    Todos ficaram surpresos com o que ele disse, exceto Ifigênia que ria de gargalhar. Suely olhou tristemente para seu marido Gabriel. Brian ficou pálido e enquanto partia o bolo ele via larvas e aranhas saindo do bolo que emitia um cheiro horrível.
    _ O que foi Brian? _ Perguntou Gabriel.
    O menino olhava fixamente para o bolo coberto de bichos e com a faca cortou a palma de sua própia mão. Suely tentou segurá-lo, mas ele correu e escreveu nos azulejos da cozinha com o sangue que saia de sua mão a seguinte frase "الآن هناك ثماني سنوات فقط".
    Gabriel pegou Brian no colo e o levou para o quarto dizendo:
    _ A festa acabou, podem ir embora.
    Suely abraçou Isabela enquanto chorava. Dona Ifigênia foi até o quarto e pediu a Gabriel para ficar sozinha com o sobrinho neto Brian.
    _ Pronto Brian, sua mão já está enfaixada.
    _ O que aconteceu?
    _ Não se preocupe menino, você ainda não pode compreender o seu destino.
    _ O que eu faço Ifigênia?
    _ Apenas aguarde! Você sabe o que escreveu na parede da cozinha?
    _ Não, eram linhas estranhas!
    _ Era Árabe, e agora você deve apenas aguardar os seus 18 anos.


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