WEB SÉRIE: Visão Paralela 4° capítulo ~ Thing To Crazy

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Eram 3 horas da madrugada e Isabela acordou com um barulho de passos. Ela se sentou na cama e esfregou os olhinhos. Normalmente Brian que dormia no mesmo quarto, saía a noite e ficava perambulando pela casa, diziam que ele era sonâmbulo, entretanto, os barulhos de passos continuavam, mas Brian estava dormindo. Isabela calçou suas pantufas e foi ate a porta que estava encostada, pela fresta ela viu a parede da sala suja de sangue onde ficava um quadro com a pintura do rosto de Cristo. Suely costumava orar para aquele quadro antes de ir dormir, mas já era tarde e Isabela foi até a sala dizendo:
_ Mamãe Suely? Onde está o retrato?
_ Perdoe-me! Por favor! _ Dizia uma voz melancólica.
Isabela ouviu aquilo e viu um vulto passando na porta da cozinha. Isabela abria seus olhos ao máximo numa tentativa errônea de enxergar melhor. A menina andava tranquilamente pela casa sem derrubar nada, ela já estava acostumada com a posição dos objetos que nunca mudavam.
_ Quem está aí? Mamãe?
Isabela entrou na cozinha e viu gotas de sangue pelo chão. Ela viu uma sombra e percebeu que havia uma figura humana atrás do armário resmungando.

_ O senhor não devia ter entrado aqui. Já é tarde e a porta estava fechada!
Era um homem e ele ignorava a menina, estava de costas segurando a pintura de Cristo e dizendo palavras embaralhas, parecia orar.
_ O senhor precisa de ajuda? Vou chamar meu papai Gabriel!
O homem deixou o retrato cair no chão e começou a gritar:
_ Não adianta! Depois do que eu fiz nem ele irá me perdoar! Saia de perto de mim menina, não faço bem a ninguém!
Isabela podia ver nitidamente o rosto do homem, ela nunca viu com tantos detalhes. Ele tinha a pele branca, mas no pescoço a cor da pela estava azulada, havia carne exposta e muito inchaço.
_ Moço, o seu pescoço está machucado!
O homem saiu correndo contra a parede e sumiu. Isabela foi até onde o homem estava e viu que o armário estava todo sujo de sangue.
_ Eu as matei! Minha mulher e minha filha!
Isabela soltou um grito de susto e se pressionou contra a parede.
_ Eu empurrei minha esposa da escada, ela me fez muita raiva! Eu estava bêbado, você entende?
_ Pode ter sido um acidente, vou chamar meu pai para lhe ajudar!
O homem veio com uma velocidade sobre humana até a menina Isabela e a sacudiu pelos ombros dizendo:
_ Você não entende! Minha filha pequena viu tudo! Ela ficou desesperada e eu tive que matá-la, eu atirei no lindo rostinho de minha filha.
Isabela já não via mais o homem com nitidez, sua visão já estava de acordo com o cotidiano. Ela sentia um cheiro ruim vindo do pescoço do homem. Ele saiu de perto dela e bateu na mesa com a mão.
_ Já pedi perdão e Jesus não me disse nada! Ele não quer me perdoar, por que tanto silêncio? Sabia que você tem a mesma idade de minha filha?
O homem fez uma expressão de ira e correu contra Isabela, a menina gritava e o homem passou através do corpo de Isabela e sumiu quando tocou a parede. Isabela saiu correndo para a sala e viu que o retrato estava no lugar. Ela se aproximou e viu que uma lágrima de sangue saia do olho esquerdo de Jesus. Ela saiu correndo para sua cama gritando.

Gabriel estava lavando alguns copos e Suely estava retirando os objetos da mesa do café. Isabela e Brian ainda terminavam o café da manhã.
_ Minha filha, se alegre. Já disse que tudo não passou de um sonho.
Gabriel se aproximou da filha e disse:
_ Minha linda, foi apenas um pesadelo e mesmo se não fosse! Tenho orgulho de você, a final, você foi forte e o encarou, mas devia ter nos chamado. Mas fique tranquila, você é iluminada e Deus não a deixaria sozinha, tenho certeza de que alguém olha por você.
Gabriel saiu para levar Brian no pediatra, o menino estava se queixando de dores no peito. Suely e sua filha Isabela planejaram passar a manhã juntas vendo desenho animado.
Gabriel estava dirigindo e Brian no banco de trás do carro.
_ Espero que o seu problema sejam gases! Você é muito novo para ter problema de coração meu filho.
_ Não são gases Gabriel e eu não sou seu filho.
_ Você sempre me rejeitou, sei que não sou seu pai, mas te criei. Espero que logo sua mãe saia da clínica e possa lhe dar um verdadeiro carinho de mãe, mas não diga que eu nunca lhe amei.
_ Você pode ir mais rápido?
_ Por que, está com pressa?
_ Gosto de velocidade! Pode ligar o rádio?
_ Posso, mas não mude de assunto.
_ Vocês preferem uma menina cega e chata do que eu que sou perfeito e um eleito!
_ Já pedi para você parar de ser frio quando fala de sua prima! Ser cega não a faz inferior a você Brian e que história é essa de eleito?
_ Não lhe interessa anjinho Gabriel!
_ Anjinho?
_ Você pensa que é um exemplo de bondade, mas eu sei que costumava a brincar de torturar passarinhos quando criança.
_ Você realmente precisa ir ao médico! Crianças são estranhas e costumam fazer coisas estranhas, mas como soube disso?
_ Desculpa Gabriel, as vezes falo coisas sem querer, é como se eu fosse usado.
Brian começou a chorar e deitou no banco.
_ Brian sente-se, estamos muito rápido e você tem que colocar o sinto de segurança. Vou parar em um shopping para conversarmos.
Brian se levantou rapidamente e com uma voz forte disse:
_ Troque de CD. Essa música me enoja.
Bastou Gabriel olhar para o rádio para causar um acidente. Um carro avançou o semáforo e bateu contra o carro.
Alguns minutos depois o carro estava no acostamento de cabeça para baixo e todo amassado, Brian estava do lado de fora em pé e olhando fixamente para o carro. O menino só perdeu a atenção quando ouviu ruídos vindo de algumas árvores que haviam no local. Ele se sentiu atraído e foi ver o que era. Chegando lá ele viu um vulto que se assemelhava a um chacal. O anima saiu correndo em direção ao carro e mordeu o pescoço de Gabriel que ainda respirava, o chacal arrancou o crânio de Gabriel e o levou até Brian que emitia um sorriso irônico.