Carla saiu do hospital e foi para casa deixando David sozinho.
David estava sem sono, suas pernas latejavam, mas não queria tomar remédio para dormir, não queria mais ficar dopado e foi quando o médico entrou e disse:
_ Olá rapaz! Sua mulher não estava aqui?
_ Sim, mas houve um problema com nosso filho e ela teve que ir.
_ Ok. E você, vamos tomar um tranquilizante?
_ Não, eu estou bem e cheio de sono. Já estava cochilando quando entrou.
_ Bom sinal! Bem David, o acidente só afetou suas pernas, você deve estar as sentindo muito pouco. Nós fizemos até uma plástica para arrumar seu pé. Com a batida a lata comprimiu seus membros inferiores.
_ Mas vou continuar andando?
_ Claro, não afetou sua coluna, só as pernas. Você vai ficar aqui por volta de uma semana somente para melhorar as fraturas com acompanhamento médico e depois muito repouso em casa.
_ Não gosto de hospitais.
_ Ninguém! Mas é preciso. Boa noite, vou deixa-lo dormir.
Depois de 30 minutos David ainda estava acordado, ele estava sem sono e se sentia bem assim, queria refletir e foi quando escutou barulhos grosseiros como se estivessem fechando as portas do fim do corredor e cada vez mais se aproximando. Foi quando viu sombras de pés debaixo da porta. A porta foi abrindo lentamente e David disse:
_ Deixe-me dormir! O médico já veio me ver.
A porta se fechou com muita força deixando ele assustado. O quarto estava escuro e de luz somente a da lua que entrava pela janela. A metade da cama superior começou se inclinar, mas precisaria de alguém para manipular os botões. David estava com o coração disparado e ouviu:
_ Não vou te deixar, lhe prometi isso!
O lençol começou a se levantar como se alguém estivesse entrando e passando por cima de seus pés e subindo. David ia sentindo o peso do corpo e sentindo dor. Ele disse:
_ Pare! De novo não!
Ele criou coragem e junto a um grito levantou o lençol e num pulo sentou na cama. Já não havia nada debaixo do lençol.
_ Merda! Eu devo estar ficando louco!
Ele sentiu um calor em seu pescoço e se virou, ao virar viu bem colado a sua face o rosto de Fernanda sem a pupila e com muito sangue. Ele quis bater, mas suas mãos passaram pelo o rosto macabro e ele se virou e se encolheu deitando novamente. Ele orava em voz alta e ouviu:
_ Você sabe rezar David?
Ele ia sentindo ela alizar seu corpo com delicadeza, o cheiro ruim infestou o quarto e David se virou para encara-la e disse:
_ Saia, você não deveria estar aqui! Já não havia ficado claro que não te queria?
Mas não havia nada no quarto, ele se deitou e depois de uns 10 minutos ele disse:
_ O cheiro de gente morta ainda está aqui, ela não foi embora!
Em quanto isso na casa da família, Carla havia chegado e Marta disse:
_ Ele me deu um tapa na cara e entrou!
_ O que você está esperando?
_ Ele se trancou.
Carla pegou a chave na bolsa e entrou, Marta sozinha pensou alto:
_ Eu vou usar a minha experiência de vida e tudo o que sei da vida de David e Fernanda. E irei descobrir esse mistério, mesmo se for preciso pagar com minha vida!
NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO DE : Promessas do Além.
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